Comunicação banal e quotidiano em um mercado de Belém

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30962/ec.2504

Palavras-chave:

Intersubjetividade, Tipificação, Quotidiano, Falatório, Feira

Resumo

Este artigo descreve uma pesquisa etnográfica realizada na feira do Guamá, em Belém (PA), durante os anos de 2011 a 2018. Objetivou-se compreender os processos comunicacionais e culturais presentes nas interações sociais desta feira, assim procurou-se descrever as tipificações que conformam a intersubjetividade dos sujeitos sociais que a frequentam. Nesse percurso, descreve-se e discute-se essas tipificações como a forma social de uma quotidianidade banal e procura-se pensar nessas tipificações por meio da noção heideggeriana de falatório (Gerede), entendida enquanto processo comunicacional-cultural afeito à banalidade da vida quotidiana.

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Biografia do Autor

Marina Ramos Neves de Castro, Universidade Federal do Pará, Belém, Pará, Brasil

Doutora em Antropologia pelo Programa de Pós-graduação em Antropologia da Universidade Federal do Pará, 2018. Professora e pesquisadora do Programa de Pós-graduação em Comunicação, Cultura e Amazônia e da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal do Pará. Líder do grupo de pesquisa Socialidades, Intersubjetividades e Sensibilidades Amazônicas (SISA), nessa universidade.

Fabio Fonseca de Castro, Universidade Federal do Pará, Belém, Pará, Brasil

Doutor em Sociologia pela Universidade de Paris V (Sorbonne-Descartes) (2004), com pós-doutorado em Etnometodologia pela Universidade de Montréal. Professor e pesquisador do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido, do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos, Universidade Federal do Pará e do Programa de Pós-graduação em Comunicação, Cultura e Amazônia, Universidade Federal do Pará.

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Publicado

12-07-2022

Como Citar

Ramos Neves de Castro, M., & Fonseca de Castro, F. (2022). Comunicação banal e quotidiano em um mercado de Belém. E-Compós, 25. https://doi.org/10.30962/ec.2504

Edição

Seção

Artigos Originais