O jornalismo em sua dimensão relacional
compreensões a partir da escritura
DOI:
https://doi.org/10.30962/ecomps.2942Palavras-chave:
Jornalismo, Prática histórico-cultural, Narrativa, Pauta, AlteridadeResumo
Este artigo reflete sobre o jornalismo enquanto prática histórico-cultural, cuja compreensão deve considerar questões geopolíticas e culturais que tanto o atravessam como são por ele atravessadas. Esse movimento permite indagar acerca dos valores que movem o jornalismo contemporâneo. Nossa hipótese é a de que há, hoje, modos de fazer jornalismo que nos ajudam a ressignificá-lo à luz de um paradigma relacional. Ao analisar um conjunto de narrativas que acionam múltiplos protagonistas e territorialidades, propomos considerar narrativa e pauta como instâncias especulativas; instrumentos que, usados a favor da complexidade dos fatos, tornam possível o jornalismo que buscamos reconhecer.
Downloads
Referências
APPADURAI, A. Modernity at Large: Cultural Dimensions of Globalization. Minneapolis: Universid of Minnesota Press, 2003.
BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. 8. ed. São Paulo: Hucitec, 1997.
BHABHA, H. O local da cultura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1998.
COELHO, T. A dependência: as histórias de mulheres e seus filhos que lutaram para sair do quarto de empregada. piauí, São Paulo [on-line], ago. 2022. Disponível em: <https://piaui.folha.uol.com.br/materia/a-dependencia>. Acesso em: 5 ago. 2023.
D’ANDRÉA, C. F. B. Rumo a uma plataformização do social. Letras, ano XII, n. 53, [s.p.], jul. 2017.
______. Pesquisando plataformas online: conceitos e métodos. Salvador: EDUFBA, 2020.
FRANCA, V. Comunicação, sociabilidade e cotidiano: o fio de Ariadne, a palavra da rua. In: NETO, A. F.: PINTO, M. J. (Orgs.). O indivíduo e as mídias. Rio de Janeiro: Diadorim, 1996. p. 103-111.
______. Impessoalidade da experiência e agenciamento dos sujeitos. In: LEAL, B. S; GUIMARÃES, C.; MENDONÇA, C. (Orgs.). Entre o sensível e o comunicacional. Belo Horizonte: Autêntica, 2010, p. 39-54.
FROSH, P. Telling Presences: Witnessing, Mass Media, and the Imagined Lives of Strangers. In: FROSH, P.; PINCHEVSKI, A. (Orgs.). Media Witnessing. Basingstoke: Palgrave Macmillan, 2009. p. 49-72.
HAESBAERT, R. Território e descolonialidade: sobre o giro (multi)territorial/de(s)colonial na “América Latina”. Buenos Aires: CLACSO; Niterói: Programa de Pós-Graduação em Geografía; UFF, 2021.
______. Território. GEOgraphia, v. 25, n. 55, 2023. Disponível em: <https://periodicos.uff.br/geographia/article/view/61073>. Acesso em: 29 jan. 2024.
HALL, S. Da diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011.
LATOUR, B. Onde aterrar? Como se orientar politicamente no Antropoceno. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020.
MARCOS, M. L. Princípio da relação e paradigma comunicacional. Lisboa, Colibri, 2007.
MEDINA, C. Entrevista: o diálogo possível. São Paulo: Ática, 2008.
______. Atravessagem. São Paulo: Summus, 2014.
MORAES, F. A pauta é uma arma de combate: subjetividade, prática reflexiva e posicionamento para superar um jornalismo que desumaniza. Porto Alegre: Arquipélago, 2022.
PEREIRA JR., L. C. A apuração da notícia: métodos de investigação na imprensa. Petrópolis, Vozes, 2010.
PERES, A. C. O que resta dos fatos: testemunho e guinada afetiva no jornalismo. 182 f. 2017. Tese (Doutorado em Comunicação) – Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social, Universidade Federal Fluminense. Niterói, 2017.
______; MAIA, M. Jornalismo de teor testemunhal: contribuições para um diálogo possível entre a pauta e a narrativa. In: ENCONTRO ANUAL DA COMPÓS, 32., 2023. Anais... São Paulo: Universidade de São Paulo, 2023. p. 1-20.
RESENDE, F. O jornalismo e suas narrativas: as brechas do discurso e as possibilidades do encontro. Revista Galáxia, São Paulo, n. 18, p. 31-43, p. 31-43, 2009.
______. Falar para as massas, falar com o outro: valores e desafios do jornalismo. In: FRANÇA, V.; CORREA, L. (Orgs.). Mídia, instituições e valores. Belo Horizonte: Autêntica, 2012. p. 153-166.
RICOEUR, P. Tempo e narrativa. v. 1. Campinas: Papirus, 1994.
_____. O único e o singular. São Paulo: UNESP, 2002.
SCHWAAB, R. Reportagem e reconhecimento: a alteridade como projeto. Estudos de Jornalismo e Mídia, v. 18, p. 9-21, 2021.
SUMÁUMA: JORNALISMO DO centro do mundo. Sumaúma, 13 set. 2022. Disponível em: <https://sumauma.com/quem-somos>. Acesso em: 5 ago. 2023
TODOROV, T. A literatura em perigo. Rio de Janeiro: DIFEL, 2009.
VAN DIJCK, J.; POELL, T.; DE WAAL, M. The Platform Society: Public Values in a Connective World. Oxford: Oxford University Press, 2018.
VIANA, N. São Gabriel e seus demônios. Agência Pública, on-line, 15 maio 2015. Disponível em: <https://apublica.org/2015/05/sao-gabriel-e-seus-demonios/>. Acesso em: 5 ago. 2023.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Ana Cláudia Peres, Fernando Resende, Reges Schwaab
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NoDerivatives 4.0 International License.
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais, científicas, não comerciais, desde que citada a fonte.
Autoria
Entende-se como autor todo aquele que tenha efetivamente participado da concepção do estudo, do desenvolvimento da parte experimental, da análise e interpretação dos dados e da redação final. Ao submeter um artigo para publicação na Revista E-Compós, o autor concorda com os seguintes termos: 1. O autor mantém os direitos sobre o artigo, mas a sua publicação na revista implica, automaticamente, a cessão integral e exclusiva dos direitos autorais para a primeira edição, sem pagamento. 2. As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões da revista. 3. Após a primeira publicação, o autor tem autorização para assumir contratos adicionais, independentes da revista, para a divulgação do trabalho por outros meios (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), desde que feita a citação completa da mesma autoria e da publicação original. 4. O autor de um artigo já publicado tem permissão e é estimulado a distribuir o seu trabalho on-line, sempre com as devidas citações da primeira edição.
Conflitos de interesse e ética de pesquisa
Caso a pesquisa desenvolvida ou a publicação do artigo possam gerar dúvidas quanto a potenciais conflitos de interesse, o autor deve declarar, em nota final, que não foram omitidas quaisquer ligações a órgãos de financiamento, bem como a instituições comerciais ou políticas. Do mesmo modo, deve-se mencionar a instituição à qual o autor eventualmente esteja vinculado, ou que tenha colaborado na execução do estudo, evidenciando não haver quaisquer conflitos de interesse com o resultado ora apresentado. É também necessário informar que as entrevistas e experimentações envolvendo seres humanos obedeceram aos procedimentos éticos estabelecidos para a pesquisa científica. Os nomes e endereços informados nesta revista serão usados exclusivamente para os serviços prestados por esta publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros. Os direitos autorais pertencem exclusivamente aos autores. Os direitos de licenciamento utilizados pelo periódico consistem na licença Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY 4.0): são permitidos o acompartilhamento (cópia e distribuição do material em qualqer meio ou formato) e adaptação (remix, transformação e criação de material a partir do conteúdo assim licenciado para quaisquer fins, inclusive comerciais.