Feminismos de mercado nas estratégias publicitárias da marca Amaro
uma análise a partir da Roleta Interseccional
DOI:
https://doi.org/10.30962/ecomps.2925Palavras-chave:
Publicidade, Feminismos, Interseccionalidade, Roleta Interseccional, Políticas do corpoResumo
O artigo reflete sobre as contribuições e os limites da instituição Publicidade como fomentadora das pautas feministas contemporâneas, com o objetivo de compreender os fluxos comunicativos de marcas que se propõem interseccionais. Para isso, faz-se uso dos conceitos Feminismo de Mercado e Roleta Interseccional para análise das estratégias marcárias da Amaro. A Roleta é utilizada como metodologia para a compreensão de quais intersecções a comunicação da marca dá conta de fazer ver e quais ainda ficam a desejar. Mesmo a publicidade sendo uma ferramenta a serviço do capital, entende-se que ela é capaz de rompimentos que permitem a visibilidade de corpos dissidentes e suas potências políticas.
Downloads
Referências
ALTHEMAN, F. Bololô, vamô ocupar! Processos comunicativos, arranjos e cenas de dissenso da resistência secundarista. Curitiba: Editora Appris, 2022.
______.; LINS, L. A. Olha de novo: reconstrução da cena dos feminismos contemporâneos a partir de campanhas da Avon. Organicom, ano 20, n. 41, p. 202-214, jan.-abr. 2023. Disponível em: <https://doi.org/10.11606/issn.2238-2593.organicom.2023.201295>. Acesso em: 5 ago. 2024.
AMARO. Disponível em: <https://www.instagram.com/amaro>. Acesso em: 5 ago. 2024. (Postagens de amostragem da pesquisa realizadas entre 2020 e 2023.)
BANET-WEISER, S. Authentic TM: the Politics of Ambivalence in a Brand Culture. Nova York: New York University Press, 2012.
______.; LAPSANSKY, C. RED is the New Black: Brand Culture, Consumer Citizenship and Political Possibility. International Journal of Communication, Califórnia, v. 2, p. 1248-1268, 2008.
BECKER-HERBY, E. The Rise of Femvertising: Authentically Reaching Female Consumers. Professional M.A. in Strategic Comunication Capstone – School of Journalism and Mass Communication, University of Minnesota, Twin Cities, 2016
BUTLER, J. Corpos em aliança e a política das ruas: notas para uma teoria performativa de assembleia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018.
______. Corpos que importam. São Paulo: n-1 edições; Crocodilo Edições, 2019.
CARRERA, F. Roleta interseccional: proposta metodológica para análises em Comunicação. E-Compós, on-line, v. 24, p. 1-22, jan.-dez. 2021a. Disponível em: <https://www.e-compos.org.br/e-compos/article/view/2198>. Acesso em: 5 ago. 2024.
______. Para além da descrição da diferença: apontamentos sobre o método da roleta interseccional para estudos em Comunicação. Liinc em Revista, Rio de Janeiro (on-line), v. 17, n. 2, p. 1-19, 2021b. Disponível em: <https://revista.ibict.br/liinc/article/view/5715/5406>. Acesso em: 5 ago. 2024.
CASTRO, G. G. S. Precisamos discutir sobre o idadismo. Mais 60 – Estudos sobre Envelhecimento, on-line, v. 28, n. 67, p. 38-55, 2017. Disponível em: <https://portal.sescsp.org.br/files/artigo/ff0eed41/580d/49c2/b5d5/66e88d2ef551.pdf>. Acesso em: 5 ago. 2024.
COLLINS, P. H. Pensamento feminista negro: conhecimento, consciência e a política do empoderamento. São Paulo: Boitempo, 2019.
______.; BILGE, S. Interseccionalidade. São Paulo: Boitempo, 2021.
CRENSHAW, K. Mapping the Margins: Intersectionality, Identity Politics, and Violence against Women of Color. Stanford Law Review, v. 43, n. 6, p. 1241-1299, 1991. Disponível em: <https://www.jstor.org/stable/1229039?origin=crossref>. Acesso em: 1 out. 2023.
______. A interseccionalidade na discriminação de raça e gênero. In: V.V.A.A. Painel 7 – Cruzamento: raça e gênero. Brasília: UNIFEM, 2004. p. 7-16. Disponível em: <https://edisciplinas.usp.br/mod/resource/view.php?id=2295749&forceview=1>. Acesso em: 5 ago. 2024.
FOUCAULT, M. A ética do cuidado de si como prática da liberdade. In: MOTTA, M. B. (Org.). Ditos e escritos V: ética, sexualidade e política. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004. p. 264-287.
______. As técnicas de si. In: MOTTA, M. B. (Org.). Ditos e escritos IX: genealogia da ética, subjetividade e sexualidade. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2014. p. 264-296.
JANUÁRIO, S. B. Feminismo de mercado: quando a publicidade e o mercado “compram” as pautas feministas. Recife: Editora UFPE, 2022.
______.; CHACEL, M. Femvertising: uma tendência publicitária?. In: OLIVEIRA-CRUZ, M. F. (Org.). Publicidade e gênero: representações e práticas em questão. Santa Maria: FACOS-UFSM, 2018. p. 151-170.
LINS, L. A. Deixamos o não em casa, mas saímos com o nunca: publicidade, experiência, públicos e feminismos nas redes digitais. Curitiba: Appris, 2021.
MOZDZENSKI, L. Outvertising: a publicidade fora do armário. Curitiba: Appris, 2020.
______. Entre hambúrgueres, crianças e o discurso de ódio LGBTfóbico: reflexões sobre o outvertising do Burger King em 2021. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE COMUNICAÇÃO E CONSUMO, 8., São Paulo. Anais... São Paulo: ESPM, 2021.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE. Amaro (on-line), São Paulo, 2020. Disponível em: <https://amaro.com/br/pt/relatorio-sustentabilidade>. Acesso em: 4 jul. 2023.
ROCHA, E. A mulher, o corpo e o silêncio: a identidade feminina nos anúncios publicitários. Alceu: Revista de Comunicação, Cultura e Política, v. 2, n. 3, p. 15-39, 2001.
SALA DE IMPRENSA. Amaro, São Paulo (on-line), 2012. Disponível em <https://amaro.com/br/pt/imprensa>. Acesso em: 4 jul. 2023.
STRAZZA, P. AMARO reverte perda de seguidores por homofobia em doação de R$ 15 mil a Casa Florescer. B9, on-line, 1 jun. 2021. Disponível em: <https://www.b9.com.br/144960/amaro-reverte-perda-de-seguidores-por-homofobia-em-doacao-de-r-15-mil-a-casa-florescer/>. Acesso em: 2 jul. 2023.
WOTTRICH, L. A publicidade como objeto de conhecimento no Brasil. E-Compós, on-line, v. 26, p. 1-18, 2023.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Francine Altheman, Letícia Alves Lins
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NoDerivatives 4.0 International License.
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais, científicas, não comerciais, desde que citada a fonte.
Autoria
Entende-se como autor todo aquele que tenha efetivamente participado da concepção do estudo, do desenvolvimento da parte experimental, da análise e interpretação dos dados e da redação final. Ao submeter um artigo para publicação na Revista E-Compós, o autor concorda com os seguintes termos: 1. O autor mantém os direitos sobre o artigo, mas a sua publicação na revista implica, automaticamente, a cessão integral e exclusiva dos direitos autorais para a primeira edição, sem pagamento. 2. As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões da revista. 3. Após a primeira publicação, o autor tem autorização para assumir contratos adicionais, independentes da revista, para a divulgação do trabalho por outros meios (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), desde que feita a citação completa da mesma autoria e da publicação original. 4. O autor de um artigo já publicado tem permissão e é estimulado a distribuir o seu trabalho on-line, sempre com as devidas citações da primeira edição.
Conflitos de interesse e ética de pesquisa
Caso a pesquisa desenvolvida ou a publicação do artigo possam gerar dúvidas quanto a potenciais conflitos de interesse, o autor deve declarar, em nota final, que não foram omitidas quaisquer ligações a órgãos de financiamento, bem como a instituições comerciais ou políticas. Do mesmo modo, deve-se mencionar a instituição à qual o autor eventualmente esteja vinculado, ou que tenha colaborado na execução do estudo, evidenciando não haver quaisquer conflitos de interesse com o resultado ora apresentado. É também necessário informar que as entrevistas e experimentações envolvendo seres humanos obedeceram aos procedimentos éticos estabelecidos para a pesquisa científica. Os nomes e endereços informados nesta revista serão usados exclusivamente para os serviços prestados por esta publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros. Os direitos autorais pertencem exclusivamente aos autores. Os direitos de licenciamento utilizados pelo periódico consistem na licença Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY 4.0): são permitidos o acompartilhamento (cópia e distribuição do material em qualqer meio ou formato) e adaptação (remix, transformação e criação de material a partir do conteúdo assim licenciado para quaisquer fins, inclusive comerciais.