O papel do mouse, do game e da animação em Meu tio matou um cara: a geração digital e o culto ao presenteísmo
DOI:
https://doi.org/10.30962/ec.122Palavras-chave:
Geração digital, Presenteísmo, Trivialidade da essência, Estética so whatResumo
A proposta deste artigo é dupla: em sentido mais amplo, analisar a representação da nova geração, tendo como embasamento teórico os conceitos da trivialidade da essência (Jameson) e do presenteísmo (Maffesoli); como objetivo mais específico, analisar o papel do mouse, do game e da animação no longa de Jorge Furtado Meu tio matou um cara (2004). Serão enfatizados o uso do virtual na construção da “cena do crime”, o desempenho do mouse implícito do protagonista e a estrutura de videogame que perpassa o texto, criando imagens híbridas. Tanto na reconstrução do crime como na seqüência de fotos que provariam a traição da namorada de seu tio, o protagonista, em seu enfoque de adolescente, imagina estar jogando um videogame no computador. Seu mouse parece querer clicar em ícones e abrir janelas a qualquer momento. A representação da interação dos três elementos —mouse, game e animação— retira do contexto o peso conteudístico do tema, que fica reduzido a um exercício de pseudo-detetive, e expõe, em primeiro plano, o universo juvenil, com sua familiaridade em interagir com games. O computador, além de suporte, é elemento essencial na vida da geração “clic-link” e ocupa lugar de destaque como coadjuvante do protagonista. Como referencial teórico, serão usados os conceitos de Vicente Gosciola relacionados aos roteiros nas novas mídias, comentários de Steven Johnson sobre benefícios dos videogames, e as idéias de Scott McCloud quanto à estética do desenho animado e sua relação com os conceitos de verossimilhança, representação e referencialidade, além dos já citados conceitos de Jameson e Maffesoli.Downloads
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