Caminhos de uma viajante queer

reflexões sobre a trajetória de Arya Stark

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30962/e-comps.3188

Palavras-chave:

Arya Stark, As Crônicas de Gelo e Fogo, Game of Thrones, Análise Crítica Cultural da Mídia, Gênero

Resumo

Ao compreendermos Arya Stark, personagem central de As Crônicas de Gelo e Fogo e de Game of Thrones, como uma viajante queer, objetivamos observar o que se estabelece como possibilidades/impossibilidades do feminino na saga. Para tanto, empreendemos uma análise crítica cultural da mídia, de inspiração feminista/queer e, a partir de categorias desveladas, em meio à narrativa literária e audiovisual, constatamos lugares de disputa em torno de lógicas patriarcais e heteronormativas que permeiam a trama e que, também, a ultrapassam.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Felipe Viero Kolinski Machado Mendonça, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil

Doutor e mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (PPGCOM-Unisinos), bacharel em Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Professor do Departamento de Comunicação Social (DCS) e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais (PPGCOM-UFMG). Docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Ouro Preto (PPGCOM-UFOP).

Kaio Moreira Veloso, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, Minas Gerais, Brasil

Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal de Ouro Preto (Posletras-UFOP), com bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Bacharel em Jornalismo pela UFOP.

Referências

BUTLER, Judith. Corpos que importam: os limites discursivos do “sexo”. São Paulo: N-1. 2019.

BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. São Paulo: Editora Record, 2012.

CONNEL, Robert. Masculinidades. Universidad Nacional Autónoma de México, Coordinación de Humanidades, Programa Universitário de Estudios de Género, 2003.

COOPEY, Louise. Representation, Otherness and Fantastic Storyworlds: Breaking Gender Binaries and Reworking Identities in Game of Thrones. Imagining the Impossible: International Journal for the Fantastic in Contemporary Media, v. 1, n. 1, 2022.

FISCHER, Rosa Maria Bueno. O dispositivo pedagógico da mídia: modos de se educar na (e pela) TV. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 28, n. 1, p. 151-162, jan./jun. 2002.

FRANKEL, Valerie Estelle. Women in Game of Thrones: power, conformity and resistance. Jefferson: McFarlandm 2014.

GALVÃO, Walnice Nogueira. A donzela-guerreira: um estudo de gênero. São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 1998.

GAME OF THRONES. Realização: David Benioff; Daniel Brett Weiss. HBO, EUA, 2011-2019. 39 DVDs (4.216 min).

GJELSVIK, Anne; SCHUBART, Rikke. Women of Ice and Fire: Gender, Game of Thrones and Multiple Media Engagements. Nova York: Bloomsbury Publishing USA, 2016.

HIBBERD, James. Fire Cannot Kill a Dragon: Game of Thrones and the official untold story of the epic series. Boston: Dutton, 2020.

KELLNER, Douglas. A cultura da mídia: estudos culturais, identidade e política entre o moderno e o pós-moderno. Bauru: Edusc, 2001.

KOLINSKI MACHADO, Felipe Viero. Notas sobre o martírio feminino em Game of Thrones. E-Compós, [S. l.], v. 25, 2022.

KOLINSKI MACHADO, Felipe Viero; VELOSO, Kaio Moreira. Game of Nudes: notas sobre a nudez em Game of Thrones. Intexto, Porto Alegre, n. 57, 2025.

KOLINSKI MACHADO, Felipe. Quando um corpo é vulnerável, incompreensível e incontrolável: Daenerys Targaryen e as possibilidades do feminino em As Crônicas de Gelo e Fogo e em Game of Thrones. Revista FAMECOS, [S. l.], v. 32, n. 1, p. e47055, 2025.

LOURO, Guacira Lopes. Um corpo estranho: ensaios sobre sexualidade e teoria queer. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.

MAIA, Helder Thiago. Transgressões canônicas: Queerizando as donzelas-guerreiras. Cadernos de literatura comparada, n. 39, p. 91-108, 2018.

MARTIN, George RR. A Dança dos Dragões. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Leya, 2014e.

MARTIN, George RR. A Fúria dos Reis. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Leya, 2014b.

MARTIN, George RR. A Guerra dos Tronos. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Leya, 2014a.

MARTIN, George RR. A Tormenta de Espadas. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Leya, 2014c.

MARTIN, George RR. O Festim dos Corvos. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Leya, 2014d.

MENDONÇA, Felipe Viero Kolinski Machado. Eu não sou a mulher vermelha. Pode tirar suas próprias calças: Sentidos sobre gênero e sexualidade em disputa em memes de Game of Thrones. Revista Fronteiras (Online), v. 22, p. 94-105, 2020.

MISKOLCI, Richard. Teoria Queer: um aprendizado pelas diferenças. Autêntica, 2012.

MULVEY, Laura. Prazer visual e cinema narrativo. In: XAVIER, Ismail. A experiência do cinema: antologia. Rio de Janeiro: Edições Graal: Embrafilme, 1983. p. 437-453.

RIVIERE, Joan. A feminilidade como máscara. Psychê, v. 9, n. 16, p. 13-24, 2005.

SÁ, Simone Pereira de; CARREIRO, Rodrigo; FERRARAZ, Rogerio. Cultura Pop. Salvador: Edufba, 2015.

TREJO MORALES, Cristina. (2020). Non-Conforming Femininity in Game of Thrones: An Analysis of Arya Stark and Brienne of Tarth. Dearcadh: Graduate Journal, v. 1, p. 7-20.

WARNER, Michael (ed.). Fear of a Queer Planet: Queer Politics and Social Theory. Minneapolis/London: University of Minnesota Press, 1991.

WITTIG, Monique. El pensamiento heterosexual y otros ensayos. Barcelona: Egales, 2010.

WITTINGSLOW, Ryan M. All Men Must Serve: Religion and Free Will from the Seven to the Faceless Men. Mastering the Game of Thrones, p. 113-131, 2015.

Downloads

Publicado

25-11-2025

Como Citar

Kolinski Machado, F. V., & Veloso, K. M. (2025). Caminhos de uma viajante queer: reflexões sobre a trajetória de Arya Stark . E-Compós. https://doi.org/10.30962/e-comps.3188

Edição

Seção

Ahead of Print