De Operárias a Abelhas Rainhas:

obstáculos que impactam a carreira das jornalistas

Autores

  • Érica Cristina Pereira Lima-Souza Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil
  • Carolina Maria Mota-Santos Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil https://orcid.org/0000-0001-8830-8170
  • Antônio Carvalho Neto Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil https://orcid.org/0000-0001-5439-2845

DOI:

https://doi.org/10.30962/ec.2224

Palavras-chave:

Carreira Feminina. Mulheres Profissionais. Gênero e Jornalismo. Conflitos Trabalho-Família e Maternidade.

Resumo

A partir de pesquisa realizada com 24 jornalistas, mulheres e homens, abordou-se as desigualdades de gênero no telejornalismo. Em chave dialética, incorporando o fenômeno abelha rainha, refletiu-se sobre a participação de mulheres em posições de poder e seu efeito para igualdade de gênero no trabalho. A análise qualitativa apontou que a chefia feminina parece mais rígida com subordinadas mulheres e que as assimetrias não são superáveis apenas pelo aumento da representatividade em postos de chefia. Em funções semelhantes, as jornalistas formam teias de cooperação para amenizar obstáculos como conflito trabalho-família e maternidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Érica Cristina Pereira Lima-Souza, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil

Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Administração da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Especialização em Mídias Sociais pela Universidade Aberta de Minas Gerais. Graduada em Comunicação Social pelo Centro Universitário Newton Paiva.

Carolina Maria Mota-Santos, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil

Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Administração da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais / Fundação Dom Cabral. Professora no Programa de Pós-Graduação em Administração Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Mestre em Administração pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais / Fundação Dom Cabral.

Antônio Carvalho Neto, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil

Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal de Minas Gerais, com doutorado sanduíche no Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e no IUPERJ.  Professor no Programa de Pós-Graduação em Administração da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

 

Referências

ARVATE, Paulo Roberto; GALILEA, Gisele Walczak; TODESCAT, Isabela. The queen bee: A myth? The effect of top-level female leadership on subordinate females. The Leadership Quarterly, v. 29, n. 5, p. 533-548, 2018.

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. rev. e atual. Lisboa: Edições, v. 70, n. 3, 2011.

BAUER, Martin W.; GASKELL, George. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. Editora Vozes Limitada, 2017.

BUTLER, Judith. Gender trouble. Continental feminism reader, p. 29-56, 2003.

COOK, Alison; INGERSOLL, Alicia R.; GLASS, Christy. Gender gaps at the top: Does board composition affect executive compensation?. Human Relations, v. 72, n. 8, p. 1292-1314, 2019.

DAMIAN-GAILLARD, Béatrice; SAITTA, Eugénie. “Feminização e transformações das práticas jornalísticas: o exemplo do jornalismo político na imprensa diária francesa”. Parágrafo, São Paulo, v. 4, n. 2, p. 127-137, jul./dez. 2016.

DE VUYST, Sara. Cracking the coding ceiling: Looking at gender construction in data journalism from a field theory perspective. Journal of Applied Journalism & Media Studies, v. 7, n. 2, p. 387-405, 2018.

DERKS, Belle; VAN LAAR, Colette; ELLEMERS, Naomi. The queen bee phenomenon: Why women leaders distance themselves from junior women. The Leadership Quarterly, v. 27, n. 3, p. 456-469, 2016.

DJERF-PIERRE, Monika. “Lonely at the top: gendered media elites in Sweden”. Journalism, Londres, v. 6, n. 3, p. 265-290, agosto 2005.

DJERF-PIERRE, Monika. “The difference engine”. Feminist Media Studies, Cardiff, v. 11, n. 1, p. 43-51, março 2011.

HANITZSCH, Thomas; HANUSCH, Folker. “Does gender determine journalists’ professional views? A reassessment based on cross-national evidence”. European Journal of Communication, Newcastle, v. 27, n. 3, p. 257-277, setembro 2012.

HIRATA, Helena. Gênero, classe e raça Interseccionalidade e consubstancialidade das relações sociais. Tempo social, v. 26, n. 1, p. 61-73, 2014.

JORGE, Thaïs; ADGHIRNI, Zélia. “Brazil: need for national debate on Women in Journalism”. In: BYERLY, Carolyn (org.). The Palgrave International Handbook of Women and Journalism. New York: Palgrave Macmillan, 2013. p. 211-225.

KNIPPEN, Jennifer M.; PALAR, Jennifer; GENTRY, Richard J. Breaking the mold: An examination of board discretion in female CEO appointments. Journal of Business Research, v. 84, p. 11-23, 2018.

KREMER, Hannah; VILLAMOR, Isabel; ORMISTON, Margaret. Princess Bee Effect: The Reverse Queen Bee Phenomenon. In: Academy of Management Proceedings. Briarcliff Manor, NY 10510: Academy of Management, 2019. p. 19515.

LEITE, Aline. “Editoras, repórteres, assessoras e freelancers: diferenças entre as mulheres no jornalismo”. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 47, n. 163, p. 44-68, jan./mar. 2017.

NEVEU, Érik. “Le genre du journalisme. Des ambivalences de la féminisation d’une profession”. Politix, Paris, v. 13, n. 51, p. 179-212, jul./set. 2000.

NILSSON, Monica; ÖRNEBRING, Henrik. “Journalism Under Threat”. Journalism Practice, Cardiff, p. 1-11, abril 2016.

PADRINI, Rodrigo; DE ARAÚJO, José Newton Garcia; MOREIRA, Maria Ignez Costa. Você, dona de casa: trabalho, saúde e subjetividade no espaço doméstico. Revista Pesquisas e Práticas Psicossociais, v. 13, n. 4, p. 1-14, 2018.

PONTES, Felipe Simão. Desigualdades estruturais de gênero no trabalho jornalístico: o perfil das jornalistas brasileiras. In: E-Compós. 2017.

ROCHA, Paula; SOUSA, Jorge. “O mercado de trabalho feminino em jornalismo: análise comparativa entre Portugal e Brasil”. Impulso, Piracicaba, v. 21, n. 51, p. 7-18, jan./jun. 2011.

SANTOS, Marli; TEMER, Ana Carolina Rocha Pessôa. Jornalismo no feminino: a mulher jornalista, subjetividades e atuação profissional. Comunicação & Sociedade, v. 38, n. 3, p. 35-58, 2016.

SCHMIDT, Hans C. Forgotten athletes and token reporters: Analyzing the gender bias in sports journalism. Atlantic Journal of Communication, v. 26, n. 1, p. 59-74, 2018.

SCOTT, Joan W. Gender: a useful category of historical analysis. The American historical review, v. 91, n. 5, p. 1053-1075, 1986.

SILVA, Márcia. “A contribuição do jornalismo para a reprodução das desigualdades: um estudo etnográfico sobre a produção de notícias”. Verso e Reverso, São Leopoldo, v. 25, n. 60, p. 183-192, set./dez. 2011.

SILVA, Márcia. “Uma história de Quitéria: refletindo sobre como os corpos ‘pesam’ no jornalismo”. Vozes & Diálogo, Itajaí, v. 12, n. 2, p. 96-109, jul./dez. 2013.

SOBCZAK, Anna. The Queen Bee Syndrome. The paradox of women discrimination on the labour market. Journal of Gender and Power, v. 51, n. 1, 2018.

STEINER, Linda. “Glassy architectures in journalism”. In: CARTER, Cynthia; STEINER, Linda; McLAUGHLIN, Lisa (org.). The Routledge Companion to Media and Gender. London and New York: Routledge, 2014. p. 620-631.

STEIL, Andrea Veléria. Organizações, gênero e posição hierárquica-compreendendo o fenômeno do teto de vidro. Revista de Administra&ccdeil; ão da Universidade de São Paulo, v. 32, n. 3, 1997.

STERK, Naomi; MEEUSSEN, Loes; VAN LAAR, Colette. Perpetuating inequality: junior women do not see queen bee behavior as negative but are nonetheless negatively affected by it. Frontiers in psychology, v. 9, p. 1690, 2018.

SUHARNOMO, Suharnomo; PERMATASARI, Devita. Investigating the “queen bee” phenomenon in Indonesia: a case study. Diponegoro International Journal of Business, v. 2, n. 1, p. 41-51, 2019.

VAN VEELEN, Ruth; DERKS, Belle; ENDEDIJK, Maaike Dorine. Double Trouble: How Being Outnumbered and Negatively Stereotyped Threatens Career Outcomes of Women in STEM. Frontiers in psychology, v. 10, p. 150, 2019.

VINUTO, Juliana. A amostragem em bola de neve na pesquisa qualitativa: um debate em aberto. Temáticas, Campinas, v. 22, n. 44, p. 203-220, 2014.

Downloads

Publicado

29-10-2021

Como Citar

Lima-Souza, Érica C. P., Mota-Santos, C. M., & Carvalho Neto, A. (2021). De Operárias a Abelhas Rainhas: : obstáculos que impactam a carreira das jornalistas. E-Compós, 24. https://doi.org/10.30962/ec.2224

Edição

Seção

Artigos Originais