O interdito nas telenovelas e as webséries lésbicas brasileiras como produto de transgressão
DOI:
https://doi.org/10.30962/ec.2873Palavras-chave:
Webséries, Ficção audiovisual, Representação lésbicaResumo
As webséries são narrativas seriadas, semelhantes às séries televisuais, que emergem a partir do contexto da cultura da convergência e são produzidas para distribuição na web. Nesse contexto, o artigo propõe uma reflexão sobre o interdito no regime de representação de gênero e sexualidade das telenovelas brasileiras e um debate sobre webséries lésbicas, introduzindo o conceito de fuga aplicado a essas narrativas ficcionais. Parte-se da ideia de que as webséries inauguram novas visibilidades e rompem com padrões pautados pela heteronormatividade. Apresentamos, por fim, o universo dessas produções no Brasil, trazendo a websérie potiguar SEPTO como representante dessas narrativas.
Downloads
Referências
ANDERSON, C. A cauda longa: do mercado de massa para o mercado de nicho. São Paulo: Elsevier Brasil, 2006.
BAHIANA, A. M. Como ver um filme. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012.
BONA, D. T. A arte da fuga: dos escravos fugitivos aos refugiados. [S.l.]: [s.n.], 2016. Disponível em: <https://pt.scribd.com/document/438170205/A-Arte-Da-Fuga-Denetem-Touam-Bona>. Acesso: em 4 fev. 2023.
CARRERA, F.; MEIRINHO, D. Mulheres negras nas artes visuais: modos de resistência às imagens coloniais de controle. Revista ECO-Pós, v. 23, n. 3, p. 55-81, 2020. Disponível em: <https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/27572/pdf> Acesso em: 6 fev. 2023.
CIRNE, L. Repensando o telejornalismo a partir da digitalização da TV: em busca de formatos interativos. 2014. 246 f. Tese (Doutorado em Comunicação) – Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2014.
COELHO, D.; LACERDA, J. A produção de conteúdo audiovisual para a web: circulação e consumo da websérie SEPTO. In: SATLER, L. L. (Org.). Pesquisa em arte, audiovisual e performances. Goiânia: Editora da Imprensa Universitária, 2020.
DANTAS, P. Websérie SEPTO, 2016. Disponível em: <https://www.catarse.me/septowbs> Acesso em: 10 mar. 2023.
DAVIS, A. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo Editorial, 2016.
FIGUEIREDO, C. D.; LINS, G. A. 2015. Webséries ou séries na web? Uma discussão a partir da noção de interação. Revista GEMInIS, v. 6, n. 1, p. 205-223, 2015. Disponível em: <https://www.revistageminis.ufscar.br/index.php/geminis/article/view/226>. Acesso em: 18 mar. 2023.
FRAGOSO, S.; RECUERO, R.; AMARAL, A. Métodos de pesquisa para internet. Porto Alegre: Sulina, 2015.
hooks, B. O feminismo é para todo mundo: políticas arrebatadoras. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2022.
HALL, S. Cultura e representação. Rio de Janeiro: Editora PUC-Rio, Apicuri, 2016.
JENKINS, H. Cultura da convergência: onde a velha e a nova mídia colidem. São Paulo: Aleph, 2009.
______.; GREEN, J.; FORD, S. Cultura da conexão: criando valor e significado por meio da mídia propagável. São Paulo: Aleph, 2014.
LOPES, M. I. V. Telenovela brasileira: uma narrativa sobre a nação. Comunicação & Educação, n. 26, p. 17-34, 2003.
LOURO, G. L. O corpo estranho: ensaios sobre sexualidade e teoria queer. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
MARTÍN-BARBERO, J. Dos meios às mediações: comunicação, cultura e hegemonia. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2009.
MORALES MORANTE, F.; HERNÁNDEZ, P. La webserie: convergencias y divergencias de un formato emergente de la narrativa en Red. Revista Comunicación, Sevilla, v. 1, n. 10, p. 140-149, 2012. Disponível em: <https://ddd.uab.cat/pub/artpub/2012/106641/comunicacion_a2012v1n10p140.pdf>. Acesso em: 21 jan. 2023.
NASCIMENTO, F. Bicha (nem tão) má: representações da homossexualidade na telenovela Amor à Vida. 2015. 226 f. Dissertação (Mestrado em Comunicação Social) – Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2015.
NORONHA, C. E. Comércio de teledramaturgia no exterior populariza tramas nacionais e constrói visão sobre o país. Centro de Crítica da Mídia, 11 nov. 2021. Disponível em: <https://blogfca.pucminas.br/ccm/comercio-de-teledramaturgia-no-exterior-populariza-tramas-nacionais-e-constroi-visao-sobre-o-pais/> Acesso em: 14 mar. 2023.
PALLOTTINI, R. Dramaturgia de televisão. São Paulo: Perspectiva, 2012.
RED. Disponível em: <https://www.163films.com/home-1#/red-1/> Acesso em: 10 mar. 2023.
RELEMBRE BEIJOS GAYS que fizeram história na televisão brasileira. Estadão, 8 fev. 2021. Disponível em: <https://www.estadao.com.br/emais/tv/relembre-os-beijos-gays-que-fizeram-historia-na-televisao-brasileira/>. Acesso em: 14 mar. 2023.
SEPTO. Disponível em: <https://www.caboreaudiovisual.com.br/septo> Acesso em: 10 mar. 2023.
SILVERO PEREIRA FALA sobre beijo gay no último capítulo de Pantanal. Correio Braziliense, 8 out. 2022. Disponível em: <https://www.correiobraziliense.com.br/diversao-e-arte/2022/10/5042973-silvero-pereira-fala-sobre-beijo-gay-no-ultimo-capitulo-de-pantanal.html> Acesso em: 14 mar. 2023.
ZANETTI, D. Webséries: narrativas seriadas em ambientes virtuais. Revista GEMInIS, v. 4, n. 1, p. 69-88, 2013. Disponível em: <http://www.revistageminis.ufscar.br/index.php/geminis/article/view/128>. Acesso em: 23 jan. 2023.
ZORZI, A. C. “Torre de Babel”: explosão trouxe discussão de homofobia em 1998. Estadão, 3 ago. 2021. Disponível em: <https://www.estadao.com.br/emais/tv/torre-de-babel-explosao-trouxe-discussao-de-homofobia-em-1998/> Acesso em: 14 mar. 2023.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Vanessa Paula Trigueiro, Lívia Cirne
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NoDerivatives 4.0 International License.
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais, científicas, não comerciais, desde que citada a fonte.
Autoria
Entende-se como autor todo aquele que tenha efetivamente participado da concepção do estudo, do desenvolvimento da parte experimental, da análise e interpretação dos dados e da redação final. Ao submeter um artigo para publicação na Revista E-Compós, o autor concorda com os seguintes termos: 1. O autor mantém os direitos sobre o artigo, mas a sua publicação na revista implica, automaticamente, a cessão integral e exclusiva dos direitos autorais para a primeira edição, sem pagamento. 2. As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões da revista. 3. Após a primeira publicação, o autor tem autorização para assumir contratos adicionais, independentes da revista, para a divulgação do trabalho por outros meios (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), desde que feita a citação completa da mesma autoria e da publicação original. 4. O autor de um artigo já publicado tem permissão e é estimulado a distribuir o seu trabalho on-line, sempre com as devidas citações da primeira edição.
Conflitos de interesse e ética de pesquisa
Caso a pesquisa desenvolvida ou a publicação do artigo possam gerar dúvidas quanto a potenciais conflitos de interesse, o autor deve declarar, em nota final, que não foram omitidas quaisquer ligações a órgãos de financiamento, bem como a instituições comerciais ou políticas. Do mesmo modo, deve-se mencionar a instituição à qual o autor eventualmente esteja vinculado, ou que tenha colaborado na execução do estudo, evidenciando não haver quaisquer conflitos de interesse com o resultado ora apresentado. É também necessário informar que as entrevistas e experimentações envolvendo seres humanos obedeceram aos procedimentos éticos estabelecidos para a pesquisa científica. Os nomes e endereços informados nesta revista serão usados exclusivamente para os serviços prestados por esta publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros. Os direitos autorais pertencem exclusivamente aos autores. Os direitos de licenciamento utilizados pelo periódico consistem na licença Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY 4.0): são permitidos o acompartilhamento (cópia e distribuição do material em qualqer meio ou formato) e adaptação (remix, transformação e criação de material a partir do conteúdo assim licenciado para quaisquer fins, inclusive comerciais.