Notas teóricas sobre influenciadores digitais e Big Brother Brasil
visibilidade, autenticidade e motivações
DOI:
https://doi.org/10.30962/ec.2182Palavras-chave:
Influenciadores digitais. Autenticidade. Reality show. Big Brother Brasil.Resumo
O artigo tem como principal objetivo analisar a presença de influenciadores digitais no reality show Big Brother Brasil (TV Globo, 2020). A vigésima edição do programa contou com dois grupos de participantes: os convidados pela produção (Camarote) e os inscritos (Pipoca). Os influenciadores digitais fizeram parte dos brothers convidados e, por isso, neste trabalho, são analisados os discursos desses sujeitos a fim de desvelar as principais motivações para participar do programa. Como resultado, observou-se ênfase na busca por autenticidade, conferida pelo confinamento, e também exigida nas relações digitais com seus seguidores.
Downloads
Referências
ABIDIN, C. Internet celebrity – Understanding fame online. United Kingdom: Emerald Publishing, 2018.
AMOSSY, R. Da noção retórica de ethos à análise do discurso. In: AMOSSY, R. Imagens de si no discurso: a construção do ethos. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2014. p. 9-28.
BLOOD, R. Introduction. In. RODZVILLA, John (org.). We've got blog: How weblogs are changing our culture. Cambridge: Perseus Publishing, 2002.
BON, O. A autenticidade que legitima: o blog Petiscos e a celebridade de Julia Petit. Ciberlegenda (UFF. Online), v. 2014/2, p. 99-109, 2014.
BRUNO, F. Máquinas de ver, modos de ser: vigilância, tecnologia e subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2013.
CAMPANELLA, B. Compreensão e afetividade: o fã dentro da lógica comercial do Big Brother Brasil. E-Compós, v. 10, 2007a.
CAMPANELLA, B. Investindo no Big Brother Brasil: uma análise da economia política de um marco da indústria midiática brasileira. E-Compós, v. 8, 2007b.
CAMPANELLA, B. Tirando as máscaras: o reality show e a busca pela autenticidade
no mundo contemporâneo. E-Compós, v. 16, n. 1, jan/abr. 2013.
CRISCUOLO, I., MONTEIRO, T. e NAVARRO, V. Micros com influência macro. Meio & Mensagem. 07 de Agosto de 2017. N. 1772. Ano XXXIX.
FINDLAY, R. The short, passionate, and close-knit history of personal style blogs. Fashion Theory, v. 19, n. 2, 157-178, 2015.
FIORIN, J. L. Enunciação e Comunicação. In: FIGARO, R. (org.). Comunicação e Análise do Discurso. São Paulo: Contexto, 2012. p. 45-78.
FOUCAULT, M. Arqueologia do Saber. 8. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2014.
FRANÇA, V. V. Celebridades: Identificação, idealização ou consumo?. In: FRANÇA, Vera et al. Celebridades no Século XXI: transformações no estatuto da fama. Porto Alegre: Sulina, 2014. p. 15-36
JENKINS, H.; GREEN, J.; FORD, S. Cultura da Conexão: criando valor e significado por meio da mídia propagável. São Paulo: Aleph, 2014.
KARHAWI, I. De blogueira à influenciadora digital de moda e beleza: evolução e motivações da prática. In: SCHMITZ, D.; WAJNMAN, S. A moda na mídia: produzindo costuras. Curitiba: Appris, 2018. p. 137-154.
KARHAWI, I. Influenciadores digitais: conceitos e práticas em discussão. Communicare, São Paulo, v.17, edição comemorativa, p.46-61, 2017.
KARHAWI, I. Influenciadores digitais: o Eu como mercadoria. In. SAAD-CORRÊA, E. N.. SILVEIRA, S. C. Tendências em Comunicação Digital. São Paulo: ECA-USP, 2016.
LEITE, R. B. T. Youtuber: o produtor de conteúdo do Youtube e suas práticas de produção audiovisual. 2019. 278f. Tese (Doutorado em Estudos da Midia) - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2019.
LEMOS, A. A Arte da Vida. Webcams e Diários Pessoais na Internet. Revista de Comunicação e Linguagens, Relógio d'Água, Lisboa, p. 305-319, 2002.
MOTTA, B. S.; BITTENCOURT, M.; VIANA, P. M. F.. A influência de Youtubers no processo de decisão dos espectadores: uma análise no segmento de beleza, games e ideologia. E-compós. Brasília, v. 17, n. 3, p.1-25, set./dez. 2014. Disponível em: < https://goo.gl/0oBJ3l>. Acesso em: 10 mar. 2017.
ORLANDI, E. P. Análise de Discurso: Princípios e Procedimentos. 10. ed. Campinas: Pontes, 2012.
PEREZ, C.; TRINDADE, E. Consumo midiático: youtubers e suas milhões de visualizações. Como explicar? In. Anais XXVI Encontro Anual da Compós, Faculdade Cásper Líbero, São Paulo - SP, 06 a 09 de junho de 2017.
PRIMO, A. De narcisismo, celebridades, celetoides e subcelebridades: o caso Tessália e sua personagem Twittess. Comunicação, Mídia e Consumo, v. 7, n. 20, p. 159-189, 2010.
RECUERO, R. Fluxos de Informação e Capital Social nos Weblogs. In: Steffens, César; STEFFEN, C.; POZENATO, K. M.. (Org.). Mídia, cultura e contemporaneidade. 1ed. Caxias do Sul: EDUCS, 2010 (online).
RECUERO, R. Weblogs, Webrings e Comunidades Virtuais. 404nOtFound (UFBA), v. 1, n.31, p. 1-15, 2003. Disponível em: < http://www.bocc.ubi.pt/pag/recuero-raquel-weblogs-webrings-comunidades-virtuais.pdf> Acesso em 25/10/2017.
ROCAMORA, A.; BARTLETT, D. Blogs de mode: les nouveaux espaces du discours de mode, Sociétés, n° 104 [2], p. 105-114, 2009. Disponível em < http://www.cairn.info/revue-societes-2009-2-page-105.htm> Acesso em: 02 Ago. 2013.
SAAD-CORRÊA, E. N. Precisamos refletir sobre influência na sociedade digitalizada. Communicare, São Paulo, v.17, edição comemorativa, p.26, 2017.
SENFT, T. M. Camgirls: celebrity & community in the age of social networks. New York: Peter Lang Publishing, 2008
SIBILIA, P. Autenticidade e performance: a construção de si como personagem visível. Fronteiras, São Leopoldo, v. 17, n. 3, p. 353-364, 2015.
SIBILIA, P. O show do eu: A intimidade como espetáculo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.
SPINELLI, E. M., SILVA, D. R. da., Curador informacional e influenciador digital na produção de conteúdo musical. Communicare, São Paulo, v.17, edição comemorativa, p.126-143, 2017.
TAVERNARI, M.; MURAKAMI, M. O gênero dos Fashion Blogs: representações e autenticidades da moda e do feminino. RuMoRes, v. 6, n. 12, p. 85-106, 2 dez. 2012.
TERRA, C. F. Relacionamentos nas mídias sociais (ou relações públicas digitais): estamos falando da midiatização das relações públicas?. Organicom, São Paulo, p.105-117, jun. 2015.
THOMPSON, J. B. A nova visibilidade. MATRIZes, São Paulo, v. 1, n. 2, 2008. Disponível em: <http://www.matrizes.usp.br/index.php/matrizes/article/view/82/124> Acesso em 19/07/2015.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Issaaf Karhawi
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NoDerivatives 4.0 International License.
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais, científicas, não comerciais, desde que citada a fonte.
Autoria
Entende-se como autor todo aquele que tenha efetivamente participado da concepção do estudo, do desenvolvimento da parte experimental, da análise e interpretação dos dados e da redação final. Ao submeter um artigo para publicação na Revista E-Compós, o autor concorda com os seguintes termos: 1. O autor mantém os direitos sobre o artigo, mas a sua publicação na revista implica, automaticamente, a cessão integral e exclusiva dos direitos autorais para a primeira edição, sem pagamento. 2. As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões da revista. 3. Após a primeira publicação, o autor tem autorização para assumir contratos adicionais, independentes da revista, para a divulgação do trabalho por outros meios (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), desde que feita a citação completa da mesma autoria e da publicação original. 4. O autor de um artigo já publicado tem permissão e é estimulado a distribuir o seu trabalho on-line, sempre com as devidas citações da primeira edição.
Conflitos de interesse e ética de pesquisa
Caso a pesquisa desenvolvida ou a publicação do artigo possam gerar dúvidas quanto a potenciais conflitos de interesse, o autor deve declarar, em nota final, que não foram omitidas quaisquer ligações a órgãos de financiamento, bem como a instituições comerciais ou políticas. Do mesmo modo, deve-se mencionar a instituição à qual o autor eventualmente esteja vinculado, ou que tenha colaborado na execução do estudo, evidenciando não haver quaisquer conflitos de interesse com o resultado ora apresentado. É também necessário informar que as entrevistas e experimentações envolvendo seres humanos obedeceram aos procedimentos éticos estabelecidos para a pesquisa científica. Os nomes e endereços informados nesta revista serão usados exclusivamente para os serviços prestados por esta publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros. Os direitos autorais pertencem exclusivamente aos autores. Os direitos de licenciamento utilizados pelo periódico consistem na licença Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY 4.0): são permitidos o acompartilhamento (cópia e distribuição do material em qualqer meio ou formato) e adaptação (remix, transformação e criação de material a partir do conteúdo assim licenciado para quaisquer fins, inclusive comerciais.